FUNED confirma mortes por febre maculosa em Lafaiete

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A fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte, confirmou que Conselheiro Lafaiete está entre as cidades com confirmação de morte por febre maculosa.

Conforme reportagem do Fato Real publicada no dia 15 do corrente mês, a morte de um casal residente na cidade despertou suspeitas de contaminação pela doença. O homem de 23 anos e a mulher de 25 se sentiram mal e manifestaram sintomas idênticos: surgiram manchas no rosto e pintas vermelhas espalhadas pelo corpo. Ela faleceu no dia 11 e ele no dia 13 de junho.

A partida repentina e precoce do jovem casal logo despertou suspeitas, e coincidiu com quatro mortes ocorridas em Campinas, no interior de São Paulo, causadas por febre maculosa.

À época das mortes, o Fato Real questionou a Secretaria de Saúde sobre o assunto. A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde de Lafaiete, Tatiane Rezende Tavares, informou que o serviço municipal de vigilância epidemiológica estava investigando o caso; e que amostra de material de um paciente foi colhido e encaminhada para o laboratório da Fundação Ezequiel Dias – Funed e aguardava os resultados.

Segundo a Funed, ocorreram, nas últimas semanas, mortes provocadas pela febre maculosa em duas cidades de Minas Gerais: Conselheiro Lafaiete e Manhuaçu.

A doença

Transmitida pelo carrapato-estrela, encontrado nas zonas rurais e regiões de mata e que se hospeda principalmente em capivaras, bois e cavalos (razão pela qual também é conhecido como carrapato-de-cavalo), a febre maculosa e devastadora para os seres humanos. No período de seca, o aracnídeo está em forma de larva, tornando-se difícil de ser percebido, o que faz com que a doença se transmita com maior frequência.

Os sintomas mais evidentes são febre, náusea, dor de cabeça e diarreia. Também é preciso estar atento para o surgimento de vermelhidão nas palmas das mãos e solas dos pés.

A pessoa começa a manifestar os sintomas característicos cerca de 12 horas depois de infectada e o quadro se agrava rapidamente, podendo levar o paciente a óbito entre 12 e 14 dias após à contaminação. Para afastar o risco de contaminação, a recomendação, se estiver em área de vegetação, é usar repelente de quatro em quatro horas, calçar botas e vestir calça e camisa de mangas compridas, preferencialmente de cor clara, para facilitar a visualização do carrapato.

Desde 2018, foram confirmados 199 casos em Minas Gerais, dos quais 64 evoluíram para óbitos. Este ano foram confirmadas duas mortes no estado, mas a Secretaria Estadual de Saúde não informou as cidades onde ocorreram.
Com informações do Fato Real

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