COLUNA “TEMPO E PALAVRA”: CRIAR O QUE NÃO EXISTIA

em Cidade/Destaques por

Antonio Carlos de Albuquerque

A mocinha vestida de branco, tão esperançosa, pulou sete ondinhas na esperança de a vida melhorar. O namorado que, no dia anterior, fora chamado de pé rapado, voltou de camisa nova e chinelo. Na reportagem, o entrevistado do alto do Jequitinhonha falou ao repórter: – “trabalha pra um, trabalha pra outro nada da certo”.

Todas as coisas em nosso país podem e devem ser aprimoradas no sentido do bem-estar de todos.

Esta melhoria, porém, não vem por “doação” ou por “decreto”. A geração que era adulta nas décadas de 40 e 50 sabe disso. Sabe o que foi a lentidão do desenvolvimento sócio-econômico.

Para que a Nação brasileira receba novos impulsos para o progresso social não é preciso alienar a nossa liberdade. A renovação das fórmulas e das soluções decorre da sobrevivência dos povos livres. Liberdade que condiciona sem manietar, que orienta sem submeter, que abre caminho sem enquadrar os rebanhos.

Desgraçados dos povos, das sociedades que, além dos limites naturais da disciplina e da hierarquia, houver os limites filosóficos que vedam a busca de melhores soluções para seus planos e problemas.

Marx não previra as imensas consequências universais da revolução industrial e tecnológica que ele supunha já ter cessado, quando ela mal ainda se desenvolvia. Não previra que, associando-se às fórmulas políticas da liberal-democracia, o capitalismo feudal iria despojar-se de suas vantagens anti-sociais.

A transformação da sociedade brasileira será alterada em decorrência da própria matemática político-econômica da vida dos povos livres, dos regimes democráticos. O Brasil jamais conseguiria reformular o caos econômico e político que lhe fora imposto, se tivesse admitido dar seus punhos às algemas terroristas de uma ditadura personalista.

Há sem dúvida, um campo de imediatas realizações nesse sentido; realizações que jamais foram levadas a sério nos 30 anos de uso e gozo do poder pelos grupos políticos da social democracia e do lulo-petismo com fincas no Foro de São Paulo com Fidel Castro e Lula.

Acompanhei com atenção redobrada a fala do ministro Paulo Guedes na transmissão do cargo de Ministro da Fazenda em que ele explorou com talento o abismo pelo qual o País foi levado pela senhora Rousseff com o continuísmo da expansão de gastos públicos levando o país à estagnação econômica. De outro lado, o discurso do novo Ministro das Relações Exteriores. Causou um desconforto em muitos. Mas foi um posicionamento profundo. Se o Itamaraty voltou é porque o Brasil voltou.

Enfim, numa nação que seus patronos políticos desorganizaram durante trinta anos, foi-lhes fácil montar a tragédia do “coitadismo” e dos miseráveis que eles mesmos empobreceram. Chegaremos a entender então que reformar passará a ser criar o que não existia.

Políticos inescrupulosos, híbridos e matreiros promoverão insultos como os bolchevistas que aterrorizam os medrosos, confundem os ingênuos e tumultuam a cena pública conspirando contra a liberdade.

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