Moradores se mobilizam contra corte árvores em Carandaí

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Os Moradores do Bairro Nossa Senhora do Rosário alcançaram uma importante vitória na ultima quarta dia 17 de maio, quando os conselheiros do Meio Ambiente da Cidade de Carandaí, votaram com unanimidade contra o corte de 19 árvores existentes na Rua Paulo Batista Gravina.
A luta já dura pelo menos três anos quando um projeto para a construção de uma calçada acessível a portadores de deficiência chegou ao conhecimento dos moradores. Durante toda a discussão os moradores procuraram mostrar que o direito ao meio ambiente e o direito de acessibilidade podem coexistir de maneira pacífica sendo que a primeira sugestão foi a da ampliação da calçada, porém o projeto apresentado era claro na imprescindibilidade do corte das árvores.
A discussão trouxe a tona duas necessidades da nossa cidade, a acessibilidade que deve ser discutida de forma que ambas as partes sejam contempladas( Os portadores de necessidades e cidadãos,moradores e defensores do meio ambiente..Que com a criação de ilhas de acessibilidade pela cidade ,não resolveria tal situação.Por exemplo, a Rua Paulo Batista Gravina fica em uma das maiores altitudes da cidade, acredita-se ser impossível a chegada de um cadeirante vindo do centro até o local. Esse deve ser o ponto de inflexão dos defensores da causa.
A outra necessidade não é apenas da nossa cidade, mas de todo o mundo que sofre com os ataques ao meio ambiente.
” Falamos de 19 árvores, poucas talvez, mas em sua grande maioria as espécies já contam com um desenvolvimento de mais de 30 anos, servem de abrigo para centenas e milhares de aves e insetos, regulam a temperatura, amenizam o impacto das chuvas sob o solo e fazem parte de um microssistema ecológico do local que beneficia toda a humanidade, uma árvore é uma vida, tem uma história e uma função e como sempre frisaram os seus defensores podem coexistir sem atrapalhar os cidadãos portadores de necessidades especiais,” disse uma moradora da rua.
O projeto causou espanto porque a Escola que existe no bairro possui rampa de acesso, possui outra entrada e o local onde estão plantadas as árvores foi escolhido sem levar em conta essas necessidades. O simples retorno ao acesso primitivo da escola solucionaria essa situação, sem a necessidade do corte das árvores.

A mobilização e a discussão trouxeram a tona o exercício da cidadania e a participação da população na vida politica da cidade, bem como evidenciaram aos responsáveis pelo projeto que previa o corte que deve ser vista com mais parcimônia a ponderação de direitos fundamentais procurando sempre a convivência harmônica entre a maior quantidade de direitos possíveis.

2 Comments

  1. Parabéns aos Membros do Conselho do Meio Ambiente e a todos que se mobilizaram para que as árvores não fossem cortadas. Sociedade, Meio Ambiente, Ministério Público e Justiça devem buscar um meio termo para o bem comum. Direito para todos mas sem excessos.

  2. Parabéns! Arrancar árvores tão bonitas, não se justifica . A solução ali para o local, é realmente alargar o passeio e assim ficar dentro da lei de mobilidade urbana .

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