COLUNA ” OLHAR PSICOLÓGICO: Ansiedade: Normal ou patológica?

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A ansiedade faz parte da experiência de existir. Ela tem função de alerta diante de desafios, amplia nossa atenção e nos lembra de que o futuro está sempre aberto a possibilidades. No entanto, quando se torna intensa e desproporcional, pode paralisar e gerar sofrimento, revelando não apenas um sintoma individual, mas também um modo de nos relacionarmos com a vida e com nossas escolhas.

A sociedade atual, marcada pela pressa e pela lógica do imediatismo, intensifica essa vivência. O tempo da vida foi reduzido ao tempo da produtividade, e ser ansioso quase se tornou uma exigência. Somos cobrados a responder rápido, a conquistar cada vez mais e a não demonstrar fragilidade. Nesse contexto, a ansiedade cresce não só como reação interna, mas como expressão de um mundo que não permite pausas e silêncios.

Isso mostra que a ansiedade não pode ser reduzida apenas a algo biológico ou individual. Ela também fala do modo como vivemos coletivamente, da pressão por resultados e da dificuldade em lidar com a incerteza. Nesse sentido, a psicologia nos leva a refletir: o que a ansiedade revela sobre minha forma de existir e de me relacionar com o mundo?

Compreendê-la, então, é mais do que buscar eliminá-la. É reconhecer que ela pode ser um chamado à reflexão e ao autoconhecimento. Escutá-la pode nos ajudar a repensar nossas escolhas e o ritmo de vida que temos seguido. Afinal, a ansiedade pode ser tanto um sinal de adoecimento quanto uma oportunidade de ressignificar o sentido da nossa própria trajetória.

Letícia Sales, Psicóloga Clínica (CRP-04/79791), formada em Psicologia pela Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) – Barbacena. Pós-graduanda em Psicologia Clínica Fenomenológica-Existencial pelo IFEN-RJ e graduanda em Pedagogia. Atua na abordagem Fenomenológico-Existencial.Atende na Rua Raul Soares, 100 – Sala 01 – Centro, Carandaí.

WhatsApp: (32) 98806-4227
Instagram: leticiasales_psi

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