O luto é o processo que vivemos quando algo ou alguém essencial se vai e, com essa ausência, somos convidados a reaprender a existir.
Na visão da fenomenologia existencial, o luto não é uma doença a ser curada, mas uma experiência que precisa ser sentida, vivida e compreendida. Cada pessoa enfrenta a perda de maneira única, porque cada vínculo é singular e carrega significados que só quem o viveu pode entender.
O luto não surge apenas diante da morte. Ele também se manifesta quando relacionamentos terminam, sonhos se desfazem, rotinas mudam ou identidades se transformam.
Existe ainda o luto silencioso de quem se despede de um futuro que não aconteceu ou de quem precisa seguir adiante sem saber exatamente como.
Como lembra Ana Maria Feijoo, perder atravessa toda a existência humana — e é justamente nas perdas que descobrimos a profundidade dos nossos laços e a necessidade de encontrar novos sentidos para a vida.
Em momentos em que a dor parece insuportável, trazendo culpa, vazio, isolamento ou dificuldade para retomar o cotidiano, contar com apoio psicológico e acolhimento torna-se fundamental. O acolhimento, nesse contexto, não busca apagar o sofrimento, mas abrir espaço para que ele seja vivido com dignidade.
Procurar ajuda psicológica pode ser um passo importante nesse processo, permitindo que o sofrimento seja olhado com cuidado, escuta e respeito, ajudando a pessoa a encontrar, no próprio ritmo, novos caminhos para seguir.

Letícia Sales, Psicóloga Clínica (CRP-04/79791), formada em Psicologia pela Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) – Barbacena. Pós-graduanda em Psicologia Clínica Fenomenológica-Existencial pelo IFEN-RJ e graduanda em Pedagogia. Atua na abordagem Fenomenológico-Existencial.Atende na Rua Raul Soares, 100 – Sala 01 – Centro, Carandaí.WhatsApp: (32) 98806-4227Instagram: leticiasales_psi