Caminhoneiros prosseguem com greve e carandaiense faz campanha para ajudar manifestantes

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Caminhoneiros estão dispostos a manter a greve

Desde esta segunda-feira (21/05), caminhoneiros de todo o Brasil promovem paralisações estratégicas nas estradas de todo o país reivindicando a redução no preço do óleo diesel, que, assim como os demais combustíveis, vem registrando aumentos sucessivos nos últimos meses. O movimento é mais forte em Minas Gerais, estado que concentra a maior malha rodoviária brasileira, e já chegou ao perímetro Urbano de Conselheiro Lafaiete.

caminhoneiros LafaieteO caminhoneiro Edelson Soares (foto), de Conselheiro Lafaiete, detalhou as reivindicações e o nível de adesão à greve: “Somente em Minas, tivemos cerca de 20 pontos de bloqueio na segunda-feira. Os caminhoneiros autônomos e mesmo os que estão a serviço de empresas aderiram ao nosso movimento porque ninguém aguenta mais rodar com o preço do diesel nas alturas em que se encontra. Tem gente que nem consegue completar a viagem porque, muitas vezes, o preço do frete aumenta por causa do óleo. A gasolina também está subindo muito com a nova política da Petrobrás, mas a maioria dos automóveis tem alternativas para o motorista gastar menos. O caminhoneiro só pode usar o diesel. O óleo corresponde hoje a cerca de 60% do frete. Os outros 40 cobrem a alimentação na estrada, manutenção e pneus. Ou seja: no final, não sobra nada.”

murtinho

Caminhoneiros concentrados em Joaquim Murtinho

O caminhoneiro Edelson Soares confirmou que, na região, a manifestação é pacífica e transcorre em clima de tranquilidade. O caminhoneiro ressaltou que, apesar da queda mínima no preço do diesel que acaba de ser divulgada pelo governo, o movimento vai prosseguir: “A redução anunciada não influencia em nada a paralisação porque, de junho do ano passado até agora, há uma alta acumulada de 21% no preço do óleo diesel. Queremos uma redução significativa no preço, que varia de estado para estado. Sei que a gente não vai conseguir isso, mas a redução de um real, um real e 10 centavos no preço do óleo, já faria uma diferença muito grande.”pires

Edelson explicou que os caminhoneiros autônomos estão à frente da paralisação, mas toda e qualquer adesão é bem-vinda: “Hoje tudo influencia. Por exemplo, toda vez que você vai ao supermercado e deixa de comprar um produto a mais porque seu dinheiro não vai dar, isso é culpa da alta do combustível. Se você tem seu carro e não está contente com o preço da gasolina, sua presença será muito bem-vinda para protestar com a gente”, afirmou o líder da paralisação.

Apoio em Carandaí

Os caminhoneiros parados em Carandaí recebem apoio de alguns moradores . Quem quiser contribuir com alguma doação de gêneros alimentícios e materiais descartáveis, como copos e talheres, entre outros itens, podem ser entregues na Rua laurindo Lombardi, bairro Cohab ou mesmo nos pontos de manifestação.

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