COLUNA ” TEMPO E PALAVRA”, PÍLULAS DE CIANURETO

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PÍLULAS DE CIANURETO

1. Quando o verde dos teus olhos se espalhar na plantação eu te asseguro que eu voltarei, eu voltarei meu coração. Saudade de Dias Gomes. Em novelas construiu muitas análises que recaíam sobre as nossas condições sócio-econômicas e políticas;

2. Bole-bole iria trocar de nome. Passar para Saramandaia. Um plebiscito se fazia necessário. E as duas facções políticas entram em beligerância. Gibão nasceu para voar. Nasceu predisposto a ter asas. Por isso, não tirava a casaca. Na minha memória vem logo o personagem. Ele já disse: – “vocês agora me verão voar outra vez”;

3. O Ednardo na letra da música “Pavão misterioso” criou o perfil do Gibão: “tudo é mistério nesse teu voar. Já passam mais de 13 milhões de desempregados. Quem apagou a luz? Até a água secou. Só tem a lágrima de Rosinha nos olhos verdes. Que dó Gibão. Para onde correu a tua prodigalidade?

4. De que vale agora a tua voz, de que vale agora um deputado do Governo, dos seus pares, de que vale insistir na tribuna parlamentar, de que vale agora proclamar que os navios a serem construídos foram desativados. O submarino porta-bilhões levou tudo e quebrou o país, Gibão. Você já tem um número na frente da camisa e será um prolongamento da Ilha das Cobras. De que vale denunciar a esse pobre Brasil que o seu sonho custou a todos os empregados a perda do seu emprego! Há de surgir um jornalista imparcial que quererá mostrar ao Brasil, esquecendo a velha camaradagem, que o marujo principal não passou de dolorosa piada e que o exército do Stédile irá morrer de fome;

5. Nesse instante, aquela senhora voltou a comer sem parar, engordou, engordou, e explodiu deixando um buraco enorme como a boca de vulcão. Rosinha, teus olhos verdes estão molhados. Não chore assim, não. Eu voltarei.

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